segunda-feira, abril 30, 2007

Notáveis, de facto, "Os sete sapatos sujos" com que António Emílio Leite Couto ( Mia Couto )ilustra a necessidade de nos descalçarmos de preconceiros perante a modernidade. São eles :
1 - A ideia de que os culpados são sempre os outros ;
2 - A ideia de que o sucesso não nasce do trabalho ;
3 - O preconceito de que quem critica é um inimigo ;
4 - A ideia de que mudar as palavras muda a realidade ;
5 - A vergonha de ser pobre e o culto das aparências ;
6 - A passividade perante a injustiça ;
7 - A ideia de que para sermos modernos temos que imitar os outros

Meditemos, pois foi na oração de sapiência aquando da abertura do ano lectivo do Instituto Superior de Ciências e Tecnologia de Moçambique que Mia Couto nos brindou com a sua verve.
Caramba, do que somos capazes !!!!
Numa altura em que nos empenhamos para levar a cabo uma acção de solidariedade para com crianças portadoras de deficiência e nos propomos adquirir uma cadeira de rodas eléctrica, somos confrontados com a realidade visível no vídeo que vos propomos abaixo, o que nos deu ganas de reforçar o entusiasmo na convicção de que o que é preciso é um primeiro passo, insignificante para nós, mas muito penoso para quem dele necessita e não tem meios para o realizar.
Façam-nos saber do vosso entusiasmo e saibam mais sobre o evento através deste blog ou do email agmatos@armail.pt

http://www.hi5.com/friend/video/displayViewVideo.do?videoId=1830409&ownerId=34964954

domingo, abril 29, 2007

Numa altura em que a dança toma foros de actualidade e no nosso cantinho o programa "Dança Comigo" assume-se como montra das habilidades de figuras públicas, aqui fica um pequeno vídeo para um dia, sei lá, vermos o Alberto João ou o Mário Soares ou mesmo um Pacheco Pereira a esperniarem o Boogie ....
Why not ?
Consolem-se !

http://www.youtube.com/watch?v=1QQzbCmlZM4

quarta-feira, abril 25, 2007


No dia em que a edilidade lisboeta dá largas a um dos seus verdadeiros desígnios – abertura do túnel do Marquês de Pombal – eis que aparece toda uma lista de inseguranças que o mesmo encerra criando o verdadeiro pânico àqueles que se aprontavam para passar o 25 de Abril de 2007 enfiados numa bicha para serem os primeiros a atravessá-lo, lá pelas 20 horas.

As televisões lá estarão para lhes dar cobertura e o país ouvir o ensurdecedor buzinar dos Zés-pacóvios que, finalmente, têm uma diversão diferente daquela que é o passeio dominical pelo shopping.

Esperemos que tanto voyeur apitador não provoque o estremecer das paredes e aquilo não venha tudo abaixo !

Como não fui motivado em especial para os pormenores da construção, só ontem fiquei a saber que aquilo mais parece uma pista de saltos de ski pois, dizem, tem uma inclinação de 10% !!!

Só por si, este número não me diz nada, mas na comparação com os 7% e 8% que por vezes vemos nas estradas, deixa-me perplexo entre o cagaço da claustrofobia e o gozo duma descida a imitar as pistas geladas de Andorra em plena época invernal !

Deve ser excitantíssimo !

Mas o dia de hoje tem uma outra notícia com afinidades a esta na medida em que pressupõe viagens, distâncias, aventura, subidas, descidas, enfim .

Trata-se da descoberta de um novo planeta com características muito semelhantes às da Terra e cujo nome de baptismo terá sido ( assim o entendi ) o Belise 578 C.

A minha perplexidade é se a sua exploração é agora entregue a uma qualquer equipa portuguesa chefiada pelos altos dignitários da Câmara Municipal de Lisboa ou mesmo pela bombeirada ! É que, pelos vistos, há corpos de bombeiros pró-túnel e corpos de bombeiros contra-túnel .

Se os põem a administrar as condições de segurança da ida ao Belise, arriscamo-nos a que no fim da douta auditoria, daqui a 100 anos, quando estiver tudo, tudo, tudo pronto para serem lançados no espaço, verificarão que, afinal, se esqueceram de fazer o foguetão !

segunda-feira, abril 23, 2007

Embora com algum atraso motivado por dificuldades de laboratório, aqui fica a habitual foto de família daquele que foi um dia horribilis para os lados da organização.

sábado, abril 21, 2007

Sinais dos tempos que o blogger captou.
No passado, entravam a saíam caravelas ...
Hoje, entram e saem porta-contentores ...

sexta-feira, abril 20, 2007



O que nos separa ?

A idade ? Desde logo ! A minha, de decano, com a maturidade própria de avô ;

O estilo de vida ? Sem dúvida ! Ele passa os dias agarrado ao volante de velhas charretes enquanto eu vou-me agarrando ao computador escrevendo sobre o que me dá nas ganas ;

"Me doblaron otros coches, no otros pilotos"

Grande frase esta, plena de humildade desportiva por parte de Alonso !!!

Leiria não é no Bahrein, mas os karts permitiam raciocínios idênticos se os verdadeiros campeões não fossem, esses sim, mais comedidos nas informações para a imprensa.

Afinal também nos separam posturas perante a vida !

Alexandre, gostei da sua sensibilidade posta em email perante as divergências e o modo como as dirimir.

Espero que a idade de cada um possa permitir a catarse da frivolidade.


Eles aí estão, em barda, não disfarçando toda a sua boçalidade, de mãos dadas, interpelados pelas ciganas que lhes tentam vender "écharpes" e óculos de sol daquele sol português que hoje os fintou.
Ingleses, chineses, espanhóis, enfim, turistas ...

terça-feira, abril 17, 2007


Foi em 25/06/2006 que demos início a este blog e o tema de abertura foi precisamente sobre a "montra" a que este blog se propunha para nela expormos com toda a frontalidade os casos que fossem acontecendo nas nossas provas de karting.
Os comentários não se fizeram esperar e, entre abraços de parabéns pela iniciativa, a coisa prometia ....
Se bem que uma outra vez ainda apareçam os desabafos dos mais queixosos, a verdade é que se perdeu essa virtualidade deste espaço e as culpas continuam a morrer solteiras ...
Não que isso faça o meu género mas tento compreender um certo nacional porreirismo que impede que melhoremos as nossas maneiras de ver, sentir e reagir perante a vida com o receio de prejudicarmos o outro. Mesmo que o outro seja merecedor das mais contundentes críticas .
É nesse sentido que volto a insistir perante todos que não se cuíbam de manifestar a reprovação pelas atitudes menos consentâneas com as mais elementares regras de boa conduta quer dentro quer fora das pistas.
Vem a prosa a propósito de incidentes havidos na última prova.
Alguns, inevitáveis, como consequência dos limites em que se anda numa corrida;
Outros mais previsíveis por configurarem um espírito absolutamente contrário ao que uniu este grupo de amigos na prática deste desporto.
Aqui fica uma vez mais o apelo a que se interiorize que o karting tem alguma diferença dos conhecidos carrinhos-de-choque das feiras.
As ultrapassagens devem ser preparadas e consumadas sem que para isso se recorra ao toque do chega-para-lá.
Do lugar que "comprei" nessa corrida do meio da sala, fui espectador de algumas dessas manobras manhosas que puseram em perigo a integidade física de alguns pilotos o que me desgostou imenso.
Nunca será de mais re-frizar que um bom piloto não é aquele que ganha a prova mas para isso, deixou atraz de si 1/2 dúzia de outros estatelados no chão ou em cima de uma pilha de pneus !
O bom piloto é aquele que, mesmo não ganhando, é referenciado no fim como um modelo de fair play, de honestidade de condução, de saber estar na pista ! Aquele que preferiu travar em vez de arriscar a ulrapassagem de probabilidades altamente negativas no seu êxito !
E há quem o faça !
Sistematicamente !
Parabéns para esses.
Não-apoiado para os outros !
E lembrem-se, não estamos a ver quem é o mais forte !

segunda-feira, abril 16, 2007

Nada como nos espicaçarem para darmos largas à imaginação para resolver um problema.
Desta feita o escândalo de Leiria está a tomar proporções alarmantes razão pela qual não posso deixar de vos ameaçar com a mais sofisticada tecnologia que acabei de testar e, de depósitos cheios, vejam a maravilha que os engenheiros da minha escuderia ( estes não se formaram ao domingo ! ) conseguiram.
É, de facto, espantoso e espero que nenhum precalço aconteça no Bombarral para depois começar a receber as vossas encomendas !
Claro que terão que trazer o certificado do Pragosa's Award sem o qual não vos será reconhecida a competência necessária para o efeito !

http://users.skynet.be/fa926657/files/B29.wmv


O mais europeu de todos os veículos de duas rodas nasceu na Itália por forma a ser barato, económico, robusto e, claro, charmoso e elegante. Foi batizado com o nome de um insecto, em razão ao ronco do seu motor de dois-tempos com ventoinha de arrefecimento, que mais parece um zumbido. A Vespa, pois claro!
Enrico Piaggio presidia a empresa fundada pelo pai finda a Segunda Guerra Mundial. Era uma época marcada por uma Europa destruída física e financeiramente. A fábrica da Piaggio encontrava-se em ruínas, mas isso não intimidou Enrico, que resolveu deixar o campo aeronáutico em busca de um novo tipo de veículo, capaz de suprir a necessidade de locomoção básica da população.
Uma vez que as estradas estavam em situação precária e os italianos não tinham um tostão, a solução era um veículo simples e económico. Na fábrica semi-destruída encontravam-se centenas de rodas de trens de aterragem de bombardeiros e um grande número de pequenos motores multi-uso para o lançamento dos aviões.
Estava então esboçada a ideia básica da Vespa. Nas mãos de Corradino D'Ascanio (1891-1981), um brilhante engenheiro aeronáutico que estava na Piaggio desde 1934, ela concretizou-se, apenas oito dias depois de Enrico ter dado a ordem a D'Ascanio de projectá-la.
As primeiras 15 Vespas deixaram a fábrica da Piaggio em Abril de 1946.
Equipadas com um motor de 98 cm³ debitavam apenas 3 cv de potência às 4.500 rpm e uma velocidade de 60 km/h, bons níveis para a época.
Muito bem, isto foi em 1946 !
Hoje estamos na época do TGV e os japoneses já inauguraram o combóio que alcança os 560Kms/h !!
Tudo para dizer que numa fase tão adiantada da tecnologia motorizada, não se admite que numa povoação que dá pelo nome de Leiria e onde se desenvolve um recinto dedicado ao desporto gasolineiro, um organizador de corridas de karting seja prendado com um kart que nem à Vespa se compara !
É verdade, disputou-se o 4º G.P. do IN HOC SIGNO VINCES! e desta feita, sim senhor, saboreei as "delícias" dum cócó de um kart perante o qual fui simplesmente cilindrado nas minhas perfomances tal era a categoria do bólido !
Claro que não menosprezo o valor dos adversários e os novos talentos e não fosse o Alonso também ter ficado em 5º ( julgo que foi em solidariedade para comigo ) e o meu ego ficaria profundamente tocado e com recuperação muito duvidosa.
Meus caros, parabéns a todos os 11 classificados acima de mim mas não esperem facilidades a partir daqui !
O rombo na classificação geral foi pior do que os resultados do CDS/PP dos últimos anos e isso paga-se caro!
A próxima corrida será no Bombarral ( kartódromo particularmente antipático para mim no que toca a resultados pessoais ) mas prometo-vos luta ! Preparem-se !!
Quanto a fotos, aguardo que me cheguem às mãos os trabalhos dos nossos enviados especiais a partir do que vo-las darei a conhecer.

quinta-feira, abril 12, 2007

O choque tecnológico


ORGULHO DO CHOQUE TECNOLOGICO - ADIDA EM LONDRES

INFORMAÇÃO A TODOS OS PORTUGUESES....AFINAL OS NOSSOS JOVENS TÊM MÉRITO...OU NÃO????

A nossa Maria merece... "De acordo Com O Correio da Manhã, Maria Monteiro, filha do antigoMinistro António Monteiro e que actualmente ocupa o cargo de adjunta do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros vai para a Embaixada portuguesa em Londres. Para que a mudança fosse possível, José Sócrates e o ministro das Finanças descongelaram a título excepcional uma contratação de pessoal especializado. Contactado pelo jornal, o porta-voz Carneiro Jacinto explicou que a contratação de Maria Monteiro já tinha sido decidida antes do anúncioda redução para metade dos conselheiros e adidos das embaixadas. As medidas de contenção avançadas pelo actual governo, nomeadamente ocongelamento das progressões na função pública, começam a dar frutos.Os sacrifícios pedidos aos portugueses permitem assegurar a carreira desta jovem de 28 anos que, apesar da idade, já conseguiu, por méritopróprio e com uma carreira construída a pulso, atingir um nível derendimento mensal superior a 9000 euros.É desta forma que se cala a boca a muita gente que não acredita nas potencialidades do nosso país, os zangados da vida que só sabem criticar a juventude, ponham os olhos nesta miúda.A título de curiosidade, o salário mensal da nossa nova adida de imprensa da embaixada de Londres daria para pagar as progressões de 193 técnicos superiores de 2ª classe, de 290 Técnicos de 1ª classe ou de 290 Assistentes Administrativos.O mesmo salário daria para pagar os salários de, respectivamente, 7,10 e 14 jovens como a Maria, das categorias acima mencionadas, que poderiam muito bem despedir-se, por força de imperativos orçamentais. Estes jovens sem berço, que ao contrário da Maria tiveram quesubmeter-se a concurso, também ao contrário da Maria já estãohabituados a ganhar pouco e devem habituar-se a ser competitivos. A nossa Maria merece. Também a título de exemplo, seriam necessários os descontos de IRS de 92 Portugueses com um salário de 500 Euros a descontarem à taxa de 20%. Novamente, a nossa Maria merece!"Merece, em nome do Progresso, do grande Choque Tecnologico!
G’anda noia, esta PSP !
Por afazeres vários destes últimos tempos, têm-me passado ao lado alguns casos interessantes do nosso dia-a-dia .
A apreensão de droga pela PSP da Amadora e seu uso posterior para “aumentar a perfomance” de futuras capturas é que me deixou de boca aberta !
Da história relatada pelo DN consta :

A investigação do caso sobre alegados desvios de drogas apreendidas pela PSP da Amadora para depois "plantar" esse produto estupefaciente em outros locais e incriminar suspeitos de narcotráfico, poderá não ser entregue à Polícia Judiciária e acabar por ser efectuada pela própria PSP, soube o DN junto de fonte policial.( sic )
…….
Nessas situações, parte da droga confiscada - cocaína, heroína e haxixe - ficaria bem guardada para depois ser utilizada noutras operações policiais, em que os suspeitos de narcotráfico não teriam, afinal, droga suficiente que justificasse a sua detenção. Mas passavam a ter a quantidade "necessária", porque ao respectivo processo se acrescentavam estupefacientes que tinham sido retidos em apreensões anteriores. (sic)

É certo que todos (?) gostaríamos de ver banido do circuito consumista este flagelo da droga e que possam ser usados estratagemas engenhosos para dar caça aos traficantes, tudo bem ;
Embora pessoalmente ache positivo que o estado invista na reinserção social do detido, nunca vi com bons olhos esta coisa de um torcionário, violador, terrorista enfim, “saltar cá para fora” ao fim de parte do cumprimento da pena que lhe foi atribuída ;
A insegurança que qualquer pessoa de bem sente ao ver um fascínora aguardar em liberdade um julgamento depois de consumar um qualquer acto criminoso é, por muito que custe aos auto-propagados defensores dos direitos e liberdades do homem, aquilo que o ministro Pinho estabeleceria como de p-a-l-e-r-m-i-c-e ;
Agora que tudo isso justifique que a PSP use o citado jogo sujo e vai daí ainda se arrisque a ganhar algum prémio de produtividade pelos resultados obtidos, aí, está a configurar uma situação idêntica às dúvidas que o nosso 1º ministro criou, isto é, estamos a comprar o verdadeiro gato por lebre !!
Para terem acesso a um curioso filme de fotos feito pela Marinha Portuguesa, apreciem o seguinte filme
http://www.publico.clix.pt/docs/imagens/Fev2007droga/

quarta-feira, abril 11, 2007

Traje da Confraria Gastronómica Tripas à Moda do Porto

Lenda dos Tripeiros
No ano de 1415, construíam-se nas margens do Douro as naus e os barcos que haveriam de levar os portugueses, nesse ano, à conquista de Ceuta e, mais tarde, à epopeia dos Descobrimentos. A razão deste empreendimento era secreta e nos estaleiros os boatos eram muitos e variados: uns diziam que as embarcações eram destinadas a transportar a Infanta D. Helena a Inglaterra, onde se casaria; outros diziam que era para levar El-Rei D. João I a Jerusalém para visitar o Santo Sepulcro. Mas havia ainda quem afirmasse a pés juntos que a armada se destinava a conduzir os Infantes D. Pedro e D. Henrique a Nápoles para ali se casarem...
Foi então que o Infante D. Henrique apareceu inesperadamente no Porto para ver o andamento dos trabalhos e, embora satisfeito com o esforço despendido, achou que se poderia fazer ainda mais. E o Infante confidenciou ao mestre Vaz, o fiel encarregado da construção, as verdadeiras e secretas razões que estavam na sua origem: a conquista de Ceuta. Pediu ao mestre e aos seus homens mais empenho e sacrifícios, ao que mestre Vaz lhe assegurou que fariam para o infante o mesmo que tinham feito cerca de trinta anos atrás aquando da guerra com Castela: dariam toda a carne da cidade e comeriam apenas as tripas. Este sacrifício tinha-lhes valido mesmo a alcunha de "tripeiros". Comovido, o infante D. Henrique disse-lhe então que esse nome de "tripeiros" era uma verdadeira honra para o povo do Porto. A História de Portugal registou mais este sacrifício invulgar dos heróicos "tripeiros" que contribuiu para que a grande frota do Infante D. Henrique, com sete galés e vinte naus, partisse a caminho da conquista de Ceuta.

terça-feira, abril 10, 2007

Olálá, então na Lua não há ar e a bandeira "esvoaça"?
C'os diabos !!!!
C'os diabos, será verdade que estamos mesmo face à maior fraude do séc. XX ?
Afinal o Homem foi ou não foi à Lua ?
A verdade é que esta foto, por exemplo, tem "o gato escondido com o rabo de fora" !
Então o homem está no meio duma sombra e tem o corpo super bem iluminado ?
E esta, hem ?!
Sempre que nos são dadas a conhecer algumas maravilhas que a NET esconde, preocupa-me de imediato transmiti-las a outros para que possam fruir do mesmo gozo .
Lá vai, então

http://www.dailymotion.com/video/xp7vr_verdi-traviata-choeur-bohemiens
Cultura não é só escrever com empolgamento, sem verborreias, com paixão e com uma retórica perfeita.

Cultura é saber ouvir os dois lados dum diferendo e de cada um deles extrair-lhe as virtualidades e desprezar os "ruídos".

São por demais mediatizadas a saída do director do S.Carlos, Paolo Pinamonti, e as manifestações de solidariedade, a par das alfinetadas concertadas pelos indefectíveis inimigos de estimação.

Pereceu-me bem propôr à reflexão dois textos sobre esta temática lisboeta (?) , nacional (?) e provocar a sempre saudável polémica a que o nosso blog incita.

Tomem lá

Jantar de Amizade com Paolo Pinamonti
Decorreu com notáveis presenças o jantar que reuniu cerca de cento e cinquenta pessoas na passada segunda feira dia 26 de Março, alguns dias antes do final do contrato de Pinamonti, marcado e realizado em três dias. Não cito nomes, todos foram importantes e notáveis à sua maneira. Fica a amizade e emoção.Dos discursos de Rui Vieira Nery, Jorge Calado e Augusto Seabra, destaco obviamente o último pela análise certeira e reflexão intelectual profunda que Seabra fez da questão, simplesmente brilhante num conjunto muito interessante de discursos. Jorge Calado foi emotivo, falou dos anos de Pinamonti, falou do seu gosto pela ópera, falou das capacidades de Pinamonti, falou com a história de ir à ópera há sessenta e seis anos, também caiu um pouco no seu exagero proveniente da paixão que põe nas coisas, o que é belo mas também pode ser injusto para outros.Rui Nery, mais como vice-presidente dos Amigos do S. Carlos e menos como antigo crítico, dissertou sobre os feitos de Pinamonti ao longo destes seis anos, elencou maestros, encenadores, obras, falou da amizade e da forma de realizar de Paolo Pinamonti, incomparável na sua capacidade de realizar e fazer com meios de grande escassez. Falou da miséria em que a cultura em geral e a ópera em particular cairam nos últimos anos e a forma como Pinamonti foi enfrentando as dificuldades crescentes cada dia que passou até à sua grosseira demissão pela tutela actual.Finalmente Augusto M. Seabra radiografou toda a situação de forma profunda, acusou quem devia e da forma como devia, com coragem e sentido de oportunidade, sem ser agressivo ou maçador, construiu uma peça de retórica de grande qualidade que deveria ser publicada, criticou o Opart e a sua criação, dissertou sobre o não cumprimento por parte da tutela da cultura do programa de governo, analisou os motivos deste afastamento. Explicou como se faz uma substituição destas nos países civilizados, com políticos inteligentes e capazes, citanto o recente caso de Paris e a sua transição cuidada e pensada, deu pistas para acção no futuro. Inteligente e conciso Seabra surpreendeu-me pela sua análise breve e completa.Saramago enviou mensagem de solidariedade e amizade, Jorge Sampaio fez o mesmo e lamentou não poder participar no jantar por se encontrar em África. Devido à rapidez da marcação deste jantar muitos outros não puderam estar presentes mas enviaram mensagens.Foi um jantar de amigos, Pinamonti anunciou que continua disponível para gerir o Teatro até o final da temporada, como lhe foi pedido pela tutela muito recentemente, que antes tinha afirmado ser obrigação de Pinamonti ficar até vir o novo director (!!), para ajudar na transição e porque deve respeito ao teatro e aos portugueses. Porque acha que é o seu dever para com Portugal que o acolheu tão afectuosamente e que aprendeu a gostar: "As pessoas passam mas o teatro de S. Carlos está lá há muitos anos". Leu-nos ainda uma carta de uma jovem de 16 anos (que ele não conhece), que lhe enviou um ramo de flores, e que dizia que tinha descoberto a magia da ópera e do teatro com as produções que o italiano nos trouxe.Comoveu e comoveu-se: Bravo Pinamonti.


"Já aqui escrevi sobre o São Carlos e a conspícua falta de imaginação do seu director artístico Paolo Pinamonti.Mas chegaram-me ao ouvido uns ecos de umas manigâncias que os corsários que nos (des)governam há 30 anos, concretamente do clã que agora (des)governa, andam a fazer com estas coisas da cultura. Esse parente pobre da política Lusa. Que vem no fim da enorme lista de prioridades no que ao investimento diz respeito. E que está sempre no topo da lista quando é para cortar.Compreende-se. Não se pode cortar nos apoios aos clubes de bola ou nas benesses dos digníssimos deputados da nação, ou outros servidores da rés pública. Pois só com estas benesses se conseguem atrair os "melhores" para a política. Donde é um investimento mais que sensato que o contribuinte faz. Pode verificar dessa sensatez observando o Canal Parlamento, mantendo por perto uma caixa de anfetaminas para quebrar o tédio.Sucede que o CCB levou um corte no orçamento, e o valor que foi cortado é precisamente o que o São Carlos obteve a mais: Coincidência? Talvez. Coincidência também que a actual administradora financeira do CCB seja a ex-administradora financeira do São Carlos? Coincidência também que o actual secretário de estado da cultura tenha elos mais que profissionais com o Dr. Pinamonti? Coincidência que se fale em encafuar a OSP no CCB? Reduzindo a sua programação própria ao zero quase absoluto, sendo apenas um frontend para a OSP e o São Carlos? O CCB tem um centro de exposições que recebe 120 mil visitantes por ano. O São Carlos tem um restaurante que às vezes está cheio. Falo no restaurante, porque se um marciano aterrasse agora no largo de São Carlos, seguramente que a sua primeira impressão seria o de estar perante um restaurante com uma cozinha anormalmente grande, e que nos intervalos às vezes tem ópera, sobretudo romântica italiana, para ajudar à digestão dos comensais. O que aliás é uma óptima implementação do princípio do cross-selling. Os mesmos burgueses entediados que entopem as récitas de Verdi & afins, são também os que entopem as mesas do restaurante.O CCB tem uma programação diversificada, que abrange um vasto leque de público. O São Carlos insiste, insiste, insiste e insiste numa programação entediante, sem chama, sem ideias, sem estratégia. Como exemplo paradigmático desta falta de ideias é a programação da integral das Sinfonias de Beethoven, esta temporada de 2005-2006, isto depois de uma Festa da Música de 2005, dedicada ao compositor alemão e aos seus amigos. Compreende-se que o pedantismo que abunda entre o público do São Carlos o impeça de se "rebaixar" e ir a uma coisa para as "massas" como a Festa da Música.O CCB é um centro de congressos e gera cerca de 55% do seu orçamento com receitas próprias. Não tem mecenas. O São Carlos tem um banco como mecenas que passa os cheques em troca de umas récitas privadas para os clientes do private banking e "amigos". O CCB cede as salas do centro de espectáculos para produções externas. O São Carlos só é utilizado para produções internas.O CCB tem em termos relativos uma estrutura de produção e administrativa que é 1/3 da que o São Carlos possui.Dizem os corsários que trabalham para o interesse comum. Será que o interesse comum implica a mutilação de uma instituiçãso que serve centenas de mihares em prol uma instituição que serve meia dúzia de gatos? Será que o interesse público é deixar que as sensibilidades pessoais se interponham e atropelem o trabalho alheio, ainda para mais quando isso se alia a uma incapacidade de avaliar o trabalho de quem supostamente se beneficia? Já alguém pediu contas ao Dr. Pinamonti? Já alguém se perguntou se faz sentido ter como director do único teatro de ópera em Portugal um forasteiro que se está nas tintas para a música cá feita? Alguém viu uma ópera de Francisco António de Almeida (1702-1755) subir à cena no São Carlos este ano? E o Terramoto de 1755, e a evocação da Ópera do Tejo que o abalo arruinou? Nada disso. Começa com umas xaropadas Verdianas e lá mais para diante há uma ópera de um compositor português obscuro do séc. XIX. E os compositores portugueses contemporâneos, onde páram? No São Carlos não de certeza. Por este "mísero" orçamento se calhar queriam "ópera"?Alguém pede contas ao maestro Pesko e ao trabalho que ele (não) faz? Não nada disso. Aurea mediocritas, dizem-nos os corsários que tutelam estas coisas. Assiste-se assim ao desmembrar de uma instituição que tem um nome e uma perfil bem definido. Uma instituição que pertence aos Lisboetas. Uma instituição que inovou em muitas coisas. E isto pelos caprichos afectados de um corsário que acha mais importante ter os seus compañeros contente$ do que servir o público. Exertam nessa instituição uma outra, anacrónica, depositária dos vícios piores do funcionalismo público. Uma instituição que não está habituada a prestar contas. Que programa temporadas com cachets milionários para maestros de terceira categoria. Uma instituição que é incapaz de atrair novos públicos. Que ano, após ano repete as estafadas xaropadas verdianas, enquanto outras coisas melhores mofam. Já nem nevoeiro consegues ser ó Portugal, o teu ar está demasiado rarefeito para que o nevoeiro surja. Hoje és ar. O ar das bazófias dos corsários que de ti se servem para propulsar a sua incomensurável mediocridade e as dos seus compañeros aos pináculos"
Um dia, numa reunião técnico-comercial que tinha sido por mim dinamizada com a administração dum banco que detinha o pelouro da informática, entrou de roupante um funcionário de rate bem abaixo do do administrador presente barafustando e exigindo a sua presença numa sala contígua de modo a certificar-se duma avaria que fazia pingar água do tecto em cima da sua secretária. O tecto, esclareça-se, dava acesso a uma casa de banho do andar de cima.
Com uma verdadeira fleuma britânica, o administrador, não se descompondo, perguntou-lhe apenas : então temos um problema de merda ?

Vem isto a propósito da notícia das bolandas em que anda a biografia do engº Sócrates no que diz respeito às suas habilitações académicas.
Depois de variadíssimas trocas, substituições, actualizações, etc., veio finalmente a saber-se que afinal o senhor engenheiro o que tem é uma pós-graduação em engenharia sanitária !
Pergunto : estes engenheiros são engenheiros de merda ?

segunda-feira, abril 09, 2007

Dariam pano para mangas algumas manchetes noticiosas do fim de semana algumas das quais foram já dissecadas exemplarmente por alguns dos bons jornalistas que ainda existem em Portugal.
Não o conheço de lado nenhum mas apraz-me elogiar dois artigos de opinião de Fernando Madrinha no Expresso de sábado passado - Indemnizações a gestores e banditagem arruaceira das claques de futebol.
É de facto confrangedora a aviltez com que toda a população portuguesa é tratada tendo em conta o insulto, o impropério, a sem-vergonhice, o despudor, o roubo, numa palavra, a filha da putice da classe politicamente poderosa, ao distribuir dezassete milhões de euros por 11 gestores que, como bem disse Madrinha, não foram corridos dos seus lugares, apenas acabaram o tempo durante o qual estiveram contratados !!! É mesmo obsceno !
Mas será que só nos poderemos lamentar enquanto a caravana do desrespeito continua impávida e serena a sua caminhada pelo achincalhamento dos milhões de carneiros em que nos estamos a transformar ?
Será que alarves boçalidades de muitos dos nossos ministros não podem ser travadas ?

Quanto às claques, o que esperam os legisladores para imputarem as responsabilidades do verdadeiro terrorismo que esses gangs desenvolvem, aos dirigentes desportivos ?
Sou simpatizante do que considero ser o melhor clube desportivo portugues mas, simultâneamente, considero-o proprietário da mais trocolenta e arruaceira claque de adeptos, razão pela qual continuo a não sentir qualquer vontade de ir conhecer aqueles sinais exteriores de riqueza em país de despotismo terceiro mundista - os estádios.
Abro uma excepção ( tal como o mundo já o fêz ) para enaltecer a obra d'arte do de Braga cuja visita tenho programada para o ir apreciar como quem vai a uma galeria enlevar-se perante a obra do génio.
Já repararam o que aconteceria se a cada desacato duma claque, os Pintos da Costa e os Filipes Vieiras, "fossem dentro" ? Aí outro galo falaria e as crianças já poderiam ir ao futebol acompanhando os pais numa tarde domingueira sem o perigo de lhes enfiarem com um very light pela cabeça dentro ou de lhe caírem em cima verdadeiros bárbarozinhos ! Sim porque só actuam em manada uma vez que sozinhos são verdadeiras senhoras delicadas ! E mesmo em bando, só com pistolas e quejandos escondidas por baixo da camisola conseguem "demonstrar a sua força" .
Tudo isto mesmo ostentando as medalhas com que os seus correlegionários os vão mimoseando.
A lenda que hoje trago á cena é a celebérrima dos "Amigos de Peniche".
Devo dizer que também conheço a versão em que os portugueses é que deram uma carga de pancadaria aos ingleses ! Escolham a que melhor se coadunar ao estado do vosso ego.


"Sendo certo que a expressão tem origem nas invasões napoleónicas, no entanto a versão generalizada (e existem factos históricos que comprovam esta tese), refere-se ao facto de, sendo Portugal e a Inglaterra aliados desde há séculos, e sendo a Inglaterra a principal interessada em ter acesso aos principais portos marítimos internacionais (que a França lhe queria bloquear), era de todo o interesse, que o porto de Lisboa, se mantivesse acessivel ao comércio marítimo inglês.
Assim, os ingleses desembarcaram em Peniche, dizendo que vinham prestar ajuda a Portugal, mas o que ficou na história foi que mal desembarcaram em terra, iniciaram imediatamente pilhagens e todo o género de barbaridades.
De Peniche, avançaram até Lisboa, pela rota que ficou na história como Linhas de Torres (Torres Vedras).
Desde esse tempo, os ingleses passaram a ser pouco considerados pelos portugueses, desconsideração essa que ainda se acentuou mais na época do Ultimato, que originou uma grande manifestação de indignação no Largo de Camões, em Lisboa.
Desde esse tempo, a expressão "Amigos de Peniche", passou a designar todos os falsos amigos."

Confesso a minha perplexidade ao escrever este post.
A época festiva que atravessámos e os desastres rodoviários surgidos nesse tempo ( apenas um fim de semana prolongado !!! ) levam-nos sempre a questionar como foi isso possível, hoje que as vias de comunicação, posso dizê-lo, são excelentes e em quantidade nada desprezível.
Claro que é muito fácil assumir aquela pose arrogante da GNR - BT perante a qual a causa do acidente foi ..... o excesso de velocidade !!
Mas será caso que não haja um só acidente que não seja originado no tal excesso ?
Acho que teria chegado a altura de meter uma nova cassete nos alferes e capitães da GNR que dão entrevistas para as televisões no sentido de serem mais credíveis nas apreciações que fazem dos ditos acidentes pois já ninguém os leva a sério !!!
O que será que os faz dizer tal bacorada ? Seremos todos anjinhos ???
Como serão distribuídos os valores das multas pelas várias tutelas ?
Qual a que fica com a maior parte ?
Costuma dizer-se que uma andorinha não faz a primavera e que, portanto, um agente da autoridade (?) mal formado não pode nem deve incriminar a corporação. Pois bem mas isso é se o Zé Povinho testemunhar as acções correctivas ao prevaricador !!
O ministro Pinho já pagou de alguma maneira pelos 212 Kms/h a que foi "apanhado"?
Se calhar ele é um ás do volante e fará juz ao meu começo deste texto, mas se eu sou apanhado a 133 kms/h numa auto estrada, sem trânsito, em piso seco, etc., etc., etc., deixo 125 € cash, e mais tarde a direcção de viação manda-me para casa uma carta onde complementa a informação com os mêses durante os quais fico inibido de conduzir ! Afinal como é ?
Outra coisa igualmente ridícula é aquela insólita comparação homóloga dos mortos no mesmo dia do ano anterior.
Para que serve tal comparação ? Que conclusão se tira daquilo ? Que medidas correctivas se implementam com tal constatação ?
Porque raio não se perseguem à exaustão os bandos de malfeitores à solta neste país onde se espancam professores e tudo fica na mesma e se lhes dá o tratamento mais adequado à sua integração social ( leia-se um enxerto de porrada que os iniba de voltarem a fazer do mesmo ) e se aproveita para fazer pedagogia nas escolas a partir das camadas mais jovens ?
Porque é a esses jovens que se tem que ensinar que nas estradas se conduz pela direita, se ultrapassa pela esquerda, se condiciona a condução às condições de tráfego, clima e estado da estrada, etc.
É muito tarde tentar fazer essa acção formativa àqueles machos latinos que conduzem encostados à porta, com o braço de fora ( mesmo a chover ) , com os tunnings a debitar decibéis audíveis a quilómetros de distância, com tubos de escape que mais parecem tubos de esgoto, e com um mau gosto decorativo de fazer fugir qualquer cristão !!
Vale a pena pensar nisso ....

quinta-feira, abril 05, 2007


Tinha eu acabado de chegar a casa após aquelas 3 desesperantes horas ( à 1 da manhã e depois de um dia de grande actividade física é demais ) de projecção de O Bom Pastor e ainda com o espírito a fervilhar com toda aquela problemática do espião que se preza ( ele é o pai que trai, é o filho, é a candidata a nora, é a mulher, enfim, o gato também deve ter culpas no cartório ) , revirei o já referido baú de recordações e, eureka !! aí está, em toda a sua pujança, o verdadeiro beijo de Judas !
Estamos na Páscoa e como tal, renovo os meus votos de felizes dias a todos os que por aqui passarem pedindo-lhes o sacrifício de irem protelando o mais possível beijos desses .
Quanto a O Bom Pastor, a não perder, mas aconselha-se a tirar uma sesta antes.

quarta-feira, abril 04, 2007



Castelo de Óbidos

A bela Óbidos tem também na sua história fantástica ou fantasmagórica alusões a lendas sempre curiosas pelo misticismo que encerram. A da Porta da Traição é uma delas.
Foi assim :
"O Lidador ou a Lenda da Porta da Traição
Numa noite sem luar, cercava o exército de D. Afonso Henriques a fortaleza de Óbidos onde os mouros resistiam já há cerca de dois meses. D. Afonso Henriques e Gonçalo Mendes da Maia, o Lidador, tinham decidido que o ataque seria realizado na madrugada do dia seguinte antes de se retirarem para as suas tendas. Dormia já o Lidador quando foi acordado por uma voz de mulher que lhe pedia para ser conduzida à tenda do rei de Portugal, pois tinha algo de importante a comunicar-lhe. A jovem vivia no castelo dos mouros mas não sabia se era moura porque nunca tinha conhecido os seus pais. Temendo uma cilada dos mouros, foi com alguma relutância que o Lidador a conduziu à presença do rei, perante o qual a jovem revelou o sonho que se repetia há três noites. Neste sonho, aparecia-lhe um homem novo de barbas castanhas e olhar doce que a incumbiu de transmitir uma mensagem para o rei de Portugal: o rei deveria reunir os soldados e liderá-los num ataque surpresa na parte fronteiriça do castelo, enquanto que o Lidador se deveria dirigir com dez homens às traseiras onde a jovem donzela abriria uma porta para os deixar passar. O homem de olhar doce prometia Óbidos aos cristãos e a salvação à jovem donzela. Apesar da hesitação do Lidador, D. Afonso Henriques já não se atrevia a duvidar dos desígnios divinos após o Milagre de Ourique. Na manhã seguinte, Óbidos foi conquistada conforme o sonho da misteriosa jovem que nunca mais foi vista. A porta que franqueou a entrada dos cristãos ficou para sempre conhecida como a Porta da Traição. "

Natal é quando um homem quiser ! Até na Páscoa !
Pois então aqui vai a prenda que descortinei no baú das minha memórias onde posso afiançar que, mesmo tendo sido passado a um domingo, o senhor engenheiro adquiriu um diploma válido e até emparceirou com a douta Lili aquando dos respectivos douturamentos honoris causa em engenharia civil, arquitectura, tagarelice, leitura de teleponto e participações televisivas em programas sopeirais.
Um abraço aos novos amigos do Kaos que comigo vasculharam o sótão das recordações e gentilmente cederam as suas fotos.

terça-feira, abril 03, 2007


Salmonelas em 30 por cento de fezes de frango em Portugal

Eu quando vou ao talho, nunca peço fezes de frango mas não vá o diabo tecê-las, o melhor é estarmos avisados !!

segunda-feira, abril 02, 2007



Sempre me fascinaram alguns porquês que de tão vulgares, se lhes perdeu o sentido.
Todos sabem o porquê da Lenda das Obras de Santa Engrácia ?
Ela aí vai:

"Simão Pires, um cristão novo, cavalgava todos os dias até ao convento de Santa Clara para se encontrar às escondidas com Violante. A jovem tinha sido feita noviça à força por vontade do seu pai fidalgo que não estava de acordo com o seu amor. Um dia, Simão pediu à sua amada para fugir com ele, dando-lhe um dia para decidir. No dia seguinte, Simão foi acordado pelos homens do rei que o vinham prender acusando-o do roubo das relíquias da igreja de Santa Engrácia que ficava perto do convento. Para não prejudicar Violante, Simão não revelou a razão porque tinha sido visto no local. Apesar de invocar a sua inocência foi preso e condenado à morte na fogueira que se realizaria junto da nova igreja de Santa Engrácia, cujas obras já tinham começado. Quando as labaredas envolveram o corpo de Simão, este gritou que era tão certo morrer inocente como as obras nunca mais acabarem. Os anos passaram e a freira Violante foi um dia chamada a assistir aos últimos momentos de um ladrão que tinha pedido a sua presença. Revelou-lhe que tinha sido ele o ladrão das relíquias e sabendo da relação secreta dos jovens, tinha incriminado Simão. Pedia-lhe agora o perdão que Violante lhe concedeu. Entretanto, um facto singular acontecia: as obras da igreja iniciadas à época da execução de Simão pareciam nunca mais ter fim. De tal forma que o povo se habitou a comparar tudo aquilo que não mais acaba às obras de Santa Engrácia".


Gostaram ? Outras lendas virão !
Nossa foto - Lisboa, Março 2007

Lisboa está cada vez mais heterogénea, desfigurada, intemporal, deslocada .

Em dia bonito e a convidar a uma escapadela pelos sítios mais turisticamente apetecidos, entre pórticos históricos ou flashes instantâneos da vida dum homem, a indigência é uma constante notória a pedir saneamento urgente.

Entretanto, presta-se à sua perpetuação através do olho duma Canon.

domingo, abril 01, 2007


Estamos a escassos 30 minutos da "batalha" SLB-FCP esperando-se, evidentemente, que este último consiga impôr a sua supremacia na 2ª circular !
Hoje aqui ficam as armas da Batalha, terra onde igualmente disputamos animados confrontos kartistas.
É a nossa homenagem.


Uma vertente desejada nesta questão dos blogs será, concerteza, dinamizar a cultura.

Sem falsas modéstias, aqui fica a 1ª apresentação das armas de cada terra nacional.

Começo por Vila Real por natural simpatia pela minha terra.


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