sábado, dezembro 08, 2007




( clicar nas imagens para as aumentar )

Com os presentes resultados, dá-se por terminado o campeonato IHSV de 2007.
Foi o derradeiro Grande Prémio do Campera a estabelecer a classificação geral final e a permitir mais esta pequena crónica a qual merece, para todos os efeitos, alguns comentários que se pretendem, sem pretensiosismos, como pontapé de saída para o novo desafio que 2008 nos trará.
O primeiro pormenor a relevar será, sem margem de dúvidas, o facto de pela 10ª vez em 11, termos disputado o campeonato em agradável dia de sol.
Depois, a pontualidade absolutamente britânica que se conseguiu nesta primeira tentativa para o efeito. Fazendo uma análise à hora dos printouts fornecidos pelo kartódromo verificamos o seguinte :

11H05 - Sentados nos karts no padock para começo de treinos ;
11H10 - arranque para treinos ;
11H20 - fim de treinos ;
11H25 - formação de grelha para 1ª manga
11H50 - fim da 1ª manga ;
1H55 - formação da grelha da 2ª manga e intervalo ;
12H10 - sentar nos karts para 2ª manga ;
12H15 - arranque 2ª manga ;
12H40 - fim da 2ª manga
12H47 - printouts.

Com tudo isto conseguimos todos ir à nossa vida a tempo e horas de não comprometer seriamente o resto de sábado o que nos deu muito gozo !
A organização apela a que no futuro todos colaboremos neste pormenor evitando aqueles atrasos enormes que por vezes nos arreliam e nos comprometem afazeres que temos programados.
Last but not the least, a prova propriamente dita.
Essa teve histórias, boas e menos boas, a que convém uma certa reflexão em jeito de sumário ( sou organizador, portanto , apelando ao estatuto, sinto-me com autoridade moral para tal ) e também para encher blog.
Começo pelas boas histórias .
Desde logo a confirmação de alguns pilotos cujos frutos tirados de intensivas sessões de treinos durante as duas semanas passadas, fizeram provas excelentes e a pedir messas ( e a bater ) os tempos por volta dos mais consagrados !! Um abuso !!!
Refiro-me, e daqui lhes tiro o chapéu, ao Celso Filipe Ramos e ao Rodrigo Almeida.
A outra história de sucesso ( não sei se o próprio sabe disto !!! ) verdadeiramente notável, e que augura um futuro altamente promissor foi o amigo Paulino. Deixem que publicite o seu melhor tempo à 11ª volta da 1ª manga, cilindrando positivamente ( ver ao alto a listagem dos melhores tempos individuais ) alguns craques !
Os 8 (!!!) pilotos que se lhe seguiram que se cuidem pois despontou uma estrela !
Aos outros, fiem-se na virgem e não corram ....
Passemos às outras histórias ...
O campeonato estava ao rubro com hipóteses matemáticas de oscilações ao longo da tabela classificativa.
Os 1º e 2º lugares apresentavam uma hipótese mais exeqüível de luta.
O 3º lugar, se bem que completamente estabilizado, podia fazer estragos caso houvesse problemas com os dois primeiros.
Este cenário era pedido a todos os santinhos mas esses, estavam a gozar o dia primaveril que se nos apresentou e não me atenderam .....
Tive que me contentar com uma perseguição feroz aos João Gonçalves ( na altura 2º ) e ao Alexandre ( 1º ) embora a situação só tivesse alguma viabilidade favorável se um golpe de sorte me aparecesse pois nem um nem outro eram pêras doces ...
A coisa não estava a dar e numa abertura relativamente maior que o Gonçalves faz na 1ª esquerda, tento surpreendê-lo numa ultrapassagem in extremis e com o pensamento de que ele se assustasse e perdesse o rumo.
Não se assustou !
Fechou muito bem !
Perdi eu o rumo !
Dou de chôfre naquela imensidão de pneus e vejo a pista atolada de rodas !
Pensei que a minha corrida acabava ali ...
Vi-os passar, uns atraz dos outros ...
Foi o Luis Mealha, foi o Nuno Moura foi o Rodrigo Almeida !
Foi um cerrar de dentes que até me feriu o beiço mas conseguir estancar aquela hemorragia de ultrapassagens que me estavam a fazer.
Recomecei a luta ...
Suei as estopilhas mas lá consegui acabar em 5º ! Fabuloso !
Paragem para verter águas, respirar fundo e ouvir os sempre entusiásticos comentários dos puristas.
Aí, sou surpreendido por um côro de reclamações de algumas vítimas do ímpeto do até agora campeão Rui Mealha.
Pelos vistos foi um fartar vilanagem de bordoada que descontentou muita gente.
A justificação (!?) residia concerteza na vontade de não perder o ceptro que estava quase ao seu alcance.
A diferença de pontuação entre o Rui e o Alexandre, teria merecido mais concentração da parte do Rui e uma mais cuidada estratégia para que o pássaro não lhe fugisse das mãos.
Eram apenas 4 pontos de diferença e isso era conseguido com um 4º lugar desde que o Alexandre se quedasse pelo 2º ( o que veio a acontecer ).
Em vez disso, e com bons tempos na prova ( dentro do segundo 46 ) a testoterona falou mais alto e deu mau resultado.

Na 2ª manga ainda tive ocasião de disputar uma ultrapassagem ao Rui, só para homens de barba dura, a qual levei a melhor, mas com total correcção de parte-a-parte.
Entretanto iam-se espalhando pela pista restos de outros karts ....
E com estas peripécias foi cortada a linha de meta da 2ª manga com ( outra vez ! ) o João Gonçalves a não ver ninguém à frente dele, o Alexandre gerindo a seu bel prazer a sua corrida e eu próprio em 3º a salvar a honra do convento.
Aproxima-se o dia 15 e com ele o jantar de consagração.
Será no Velho Mirante e as presenças, ainda que infelizmente limitadas às possibilidades do restaurante, serão concerteza as necessárias ao bom ambiente em que decorrerá a festa que se espera a contento de todos.
Até lá.
AM

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Caro Matos, sendo este o meu 1º ano de participação no IHSV não posso deixar de enaltecer a sua excepcional capacidade de organização. Um abraço e obrigado.

11:18 da tarde  
Blogger Nuno Filipe Lorvão said...

Foi com renovado prazer que revi, no Carregado, vários amigos e conhecidos adversários destas andanças do karting. Verifico que o espírito de grupo permanece bem sólido, que todos (ou quase...) norteiam a sua conduta em pista pelo genuíno prazer da competição em karting e que, com um ou outro toque aqui e ali, todos (ou quase...) estão embuídos da filosofia que o António Matos pretende fazer vingar no 'In Hoc'. Já há muito tempo que não tinha o prazer de estar convosco por andar por outras competições, e foi com muito gosto que integrei o pelotão do troféu nesta última prova da temporada. Uma vez mais, confirmou-se a velha máxima do 'meio-segundo' para os mais rápidos, algo que, com o meu peso, me tira quaisquer veleidades de fazer melhor. Os andamentos são de tal forma equilibrados que o mais ínfimo pormenor faz a diferença e neste caso, com a balança a acusar uns 'módicos' 97,5 quilos, dou-me por satisfeito com o meu desempenho. Fiz o 8º ou 9º tempo dos treinos, à frente de concorrência bem mais cotada. A largada para a 1ª manga foi 'normal', terei ganho um/dois lugares e estava com o andamento estabilizado até que se chega ao pé de mim um dos contendores pelo título final do troféu. Como entendi que não tinha de o prejudicar, não dificultei a ultrapassagem, mas logo de seguida cometi o despautério de voltar (de forma limpíssima, à entrada da recta da meta...) a reconquistar a minha posição, tendo sido de imediato brindado com um toque por detrás. Fiz a recta da meta com esse piloto na minha ilharga e, na 'parabólica' à direita logo a seguir à recta da meta, fui mandado p-r-o-p-o-s-i-t-a-d-a-m-e-n-t-e para fora de pista (tanto que assim foi que o dito piloto se apressou em pedir desculpas...). Lá consegui controlar o kart, ainda pensei que o dito piloto se dignasse ceder posição, mas como não o fez, cerrei os dentes com o confesso intuito de o procurar apanhar e, se necessário fosse, pagar na mesmíssima moeda. Consegui colar-me de novo à sua traseira, mas algumas curvas após lembrei-me que não tinha o direito de, em respeito aos demais participantes e ao organizador do troféu, contribuir por algum motivo para estragar a prova. Ainda assisti, creio que com um piloto chamado 'Rodrigo' a uma tentativa de ultrapassagem (daquelas que são absolutamente impossíveis) do dito contendor ao título verdadeiramente de bradar aos céus! Impus a mim próprio alguma calma, levantei o pé deliberadamente, deixei passar alguns pilotos e, em pista, encontrei 'refúgio' na bela luta Palmeirim/José Luis Fonseca, tendo 'acalmado' no excelente duelo que travei com ambos, com várias ultrapassagens de premeio, absolutamente leal da parte quer de um quer de outro. O coro de críticas que ouvi de variadíssimos pilotos no intervalo das duas mangas, sempre focalizados numa só direcção, levam-me a concluir que, infelizmente, não fui só eu que fui brindado com uma manobra anti-desportiva. Creio que o 'desconforto' geral deverá levar o António Matos a tomar algumas medidas tendentes a que este tipo de comportamentos não se verifique repetidamente, a bem do espírito do troféu. Para a 2ª manga, saindo de 11º não arranquei muito bem, mas rapidamente conquistei algumas posições, até estabilizar atrás da dupla Moura?/Luis Soares de Mello (a quem dei passagem). Estavamos todos a andar no mesmo ritmo, o José Luis Fonseca estava mesmo ali (ainda me ultrapassou...), mas não houve margem para ultrapassar o duo à minha frente sem correr riscos de grande toque ou carambola. Foi uma manga divertida. Creio que terei ficado no 10º lugar final no cômputo das duas mangas. Parabéns a si, António, pelo entusiasmo que vem colocando na realização do 'In Hoc' e, também, ao Alex Valle pela merecessidíssima conquista do ceptro que muito satisfeito me deixou. Até 2008, e muitas felicidades para vós na T.I.T...

12:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Parece que anda tudo a poupar para o Natal...

A prova de Campera.

Parti para Campera com o pensamento de pelo menos "segurar o 3º lugar.
Embora sabendo que, matematicamente, pudessem existir vários cenários, o resultado em "Campera I" (6º lugar) não agourava grandes planos. Se voltasse a repetir o mesmo lugar, podia inclusivamente perder o 2º lugar no campeonato, para o António Matos.

Após o desaire do Bombarral, chegava a Campera a 4 pontos do 1º (Rui Mealha) e com 10 pontos de avanço para o António Matos (3º).

De qualquer maneira, desde há algum tempo que vinha a controlar as corridas de forma a não cometer erros, e mais importante que tentar ganhar corridas, era, não perder pontos!

Após os treinos, o 2º lugar da grelha revelava-se para mim, o lugar ideal para estar. Sim, sim! Melhor que a pole acreditem ou não! Tendo o João Gonçalves a pole, o ponto extra não tinha ido para um adversário directo.

Dada a partida para a primeira manga, tirei vantagem de chegar à curva 1 na frente do pelotão. Durante muitas voltas, sabia que o João Gonçalves estava "na cola" e sentia que o meu kart perdia rendimento de volta para volta. O animal parecia estar cansado!!!
Nas curvas mais fechadas, podia ir espreitando o que se passava lá mais para trás.
Perto do final o João Gonçalves passou-me em plena aceleração, limitando-me a seguir atrás dele até final, tendo de manter atrás de mim um "nervoso" Luis Mealha!
Após a bandeira de xadrez, soube que o Rui Mealha tinha acabado em 6º. Tal facto deu alento para a 2ª manga, pois estava aberta uma janelinha pequenina que podia resultar num 1º lugar no final do campeonato.

Partindo para a 2ª manga do 2º lugar da grelha, mais uma vez consegui entrar na curva 1, na frente de todos. Desta vez, atrás de mim e do João Gonçalves, vieram durante algum tempo, o António Matos e o Rui Mealha.
Não consegui aguentar o João durante tanto tempo como na 1ª manga, tendo-me ele passado, e desta vez, ido embora!
Por esta altura, já só tinha atrás de mim o Matos, podendo ver, uns karts mais atrás, o Rui Mealha.
Não valia a pena fazer contas de cabeça, mas sim saber levar o kart direitinho até final.
Acho que esta última manga, foi a manga mais dificil do campeonato. Qualquer erro podia ter resultados irreparáveis. Consegui ir até ao fim mantendo a 2ª posição, e com o 6º lugar do Rui, recebia um presente de Natal adiantado, a vitória no Campeonato.

Foi um campeonato que não decorreu na sua primeira metade como pretendia, mas sim como podia. Nas últimas provas tive de trabalhar os máximos níveis de concentração e ser um pouco calculista.

Sinto um particular orgulho por receber tão importante ceptro do nosso Organizador António Matos, que foi o vencedor do ano passado.
A ele, dirijo uma particular saudação pela forma como tem vindo ao longo dos anos a manter um grupo de pessoas, que gosta do desporto e do convívio, assim como merece os parabéns na organização do troféu.
Se há vencedores, ele é o primeiro a ser felicitado!

Para o ano há mais, e certamente com algumas novidades. Mas para não me alongar aqui, e também para deixar assunto para o jantar de encerramento, não vou falar.

A todos, os meus parabéns pelos vossos resultados no campeonato, deixando os melhores votos de Boas Festas e Feliz Ano de 2008, se possível, a ver-vos nas provas do "In Hoc Signo Vinces".

Beijinhos e Abraços
Alexandre Valle

12:20 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Não tinha planeado escrever no blog na época natalícia, mas considero imperioso responder às violentas críticas do Nuno Lorvão à minha pessoa.

Assim:

1- Acho extremamente deselegante da parte do NL as considerações que escreveu sobre mim. EU SOU UMA PESSOA DE BEM! Não atiro ninguém para fora de modo propositado nas curvas da Vida nem das pistas!!! A minha atitude pauta-se pelo bem, não pelo mal! Um piloto que aparece extemporaneamente num grupo que funciona com regularidade, deve ter respeito pelos seus membros, em particular quando visa alguem que é totalista e um dos fundadores do grupo e que tem regido a sua conduta pelo desportivismo. Quando visito uma casa alheio trato os donos com respeito, não lhes mordo as canelas. Não reconheço ao Lorvão idoneidade moral para tecer considerações sobre o meu comportamento nem para efectuar quaisquer juízos de valor evolvendo a minha pessoa. Sou um piloto correcto e se tive que fazer ultrapassagens mais ácidas foi porque estava a disputar o título; de igual modo não considero razoável que os pilotos não envolvidos na disputa dum título dificultem a vida aos candidatos.

2- Repito: não atirei ninguém propositadamente para fora da pista. Dei alguns toques, uns maiores outros menores, mas nunca prejudiquei ninguém intencionalmente. NUNCA. Se um toque fosse intencional obviamente não pediria desculpa. Cinísmo também não. Pelos vistos não me conheces, Lorvão. Melhor será conteres o veneno para a próxima.

3- Desejo-vos uma Festas Felizes

Rui Mealha

8:21 da tarde  

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