Costuma dizer-se que cada país tem o povo que merece, ou mesmo que cada país tem a polícia que merece.
Sempre me habituei a ouvir dizer que temos uma polícia científica ao nível do que de melhor existe por esse mundo fora.
A nossa judiciária terá já dado provas insofismáveis dessa verdade mas é nos momentos de maior crise que são postos à apreciação popular os seus pergaminhos e esses, nem sempre têm merecido os aplausos do Zé.
O recente e mediático caso da criança raptada no Algarve tem servido para questionar os métodos e os não-resultados conseguidos e o caricato dos apelidados soundbites têm angariado as mais hilariantes gargalhadas de desprezo para com a very british press.
Começou por ser um tabloideco que se deu ao desplante de criticar a metodologia policial arvorando-se em inspector Patilhas e Ventoinha esquecendo que na sua terra têm resultados de verdadeiros bácoros no que a este tipo de crime diz respeito.
Hoje, a notícia posta a correr mundo fora é de que os nossos agentes levam 2 horas a almoçar e até bebem whisky !!!
Claro que quando se chega ao ponto da troca de galhardetes, é preciso saber mandá-los mas também de ter a capacidade de encaixe quando vêm em nossa direcção.
O que me espanta é ser o próprio agente Olegário que, não obstante se ter dado ao despudor de dar conferências de imprensa em inglês, agora veio lançar achas para a fogueira ao alimentar este tipo de conversa de putas com questões do género : mas agora não posso beber e comer o que me apetece?
Entendamo-nos : se a nossa polícia tem os seus métodos e que esses passam pelo segredo da investigação enquanto a mesma decorre, porque raio começou a desvirtuar esse princípio ? Teve medo ? De quê ? De quem ? Porquê ?
Deixo a sugestão a quem de direito no sentido de exigirem apenas ao chefe Olegário que seja polícia e arranjem alguém que seja gestor de comunicação e imagem da judiciária.
De outra maneira isto é um fartar vilanagem que só alimenta os pasquins !
Haja decência !
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