quinta-feira, fevereiro 08, 2007



Pensar que se referenda a hipótese que este miúdo pudesse não existir, ou que o bébé abortado às 8 semanas foi-o porque, eventualmente, a mãe reconsiderara que não desejava aquela gravidez ( quero reconhecer o direito à saúde da mulher ) , só me deixa uma alternativa : votar em branco !
Fiz os possíveis por ponderar honestamente as duas opções, porém, em consciência não consegui que o conjunto dos argumentos fizesse pender o fiel da balança para um dos lados .
Como não pretendo ser exemplo para ninguém, aqui exerço o meu estatuto de homem livre tentando colaborar futuramente naquilo que fôr a representatividade nacional.
A bem da mulher e da criança.

4 Comments:

Blogger Luís Soares de Mello said...

António,

Da mesma maneira que me aconselhaste a votar branco ou nulo, mas não me abster, faço o inverso. Se não foste capaz de te decidir não ponhas lá os pés. É esta a única forma de o referendo não ser vinculativo. Talvez finalmente apareçam propostas que possam ser aceites com mais facilidade por ambos os lados.

9:49 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Não gostaria de confundir as coisas. Eu não vou votar para possibilitar ou não a característica vinculativa do referendo. Considero isso absolutamente marginal.
Pelo contrário, o que me move é o sentido cívico da coisa. Não pondo lá os pés,apenas faço reflectir que o assunto não me diz respeito, que me estou nas tintas ! Pondo um voto em branco estou, por outro lado, a manifestar a minha vontade em que se saiba que não concordo com a pergunta. É muito diferente

10:11 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Vou votar `SIM´ como já vos havia referido, convicção que sai reforçada pela argumentação, de ambos os lados, que tenho vindo a ver, ouvir e ler nos últimos dias.
Contudo, não deixo de pretender expressar alguma preocupação sobre `o dia seguinte´(na hipótese de o `SIM´ ser sufragado maioritariamente), uma vez que a discussão verdadeiramente importante a meu ver será promover uma ampla discussão pública, sem qualquer espécie de anátemas, envolvendo todos os sectores da sociedade, no intuito não só da realizar e estudar formas de prevenção da IVG (educação sexual e planeamento familiar como claras pedras de toque) e acompanhamento psicológico e legal (aqui claramente mais eficazes e céleres formas nos processos de adopção), procurando claramente desencentivar as mulheres portuguesas de recorrerem ao aborto.

11:27 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Em todo o caso, recentes sondagens trouxeram a lume algo que me faz reflectir profundamente sobre toda esta temática em torno da IVG!

É que 48% das mulheres portuguesas pelos vistos preparam-se para não ir às urnas no próximo domingo...

12:56 da tarde  

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