Pensar que se referenda a hipótese que este miúdo pudesse não existir, ou que o bébé abortado às 8 semanas foi-o porque, eventualmente, a mãe reconsiderara que não desejava aquela gravidez ( quero reconhecer o direito à saúde da mulher ) , só me deixa uma alternativa : votar em branco !
Fiz os possíveis por ponderar honestamente as duas opções, porém, em consciência não consegui que o conjunto dos argumentos fizesse pender o fiel da balança para um dos lados .
Como não pretendo ser exemplo para ninguém, aqui exerço o meu estatuto de homem livre tentando colaborar futuramente naquilo que fôr a representatividade nacional.
A bem da mulher e da criança.
4 Comments:
António,
Da mesma maneira que me aconselhaste a votar branco ou nulo, mas não me abster, faço o inverso. Se não foste capaz de te decidir não ponhas lá os pés. É esta a única forma de o referendo não ser vinculativo. Talvez finalmente apareçam propostas que possam ser aceites com mais facilidade por ambos os lados.
Não gostaria de confundir as coisas. Eu não vou votar para possibilitar ou não a característica vinculativa do referendo. Considero isso absolutamente marginal.
Pelo contrário, o que me move é o sentido cívico da coisa. Não pondo lá os pés,apenas faço reflectir que o assunto não me diz respeito, que me estou nas tintas ! Pondo um voto em branco estou, por outro lado, a manifestar a minha vontade em que se saiba que não concordo com a pergunta. É muito diferente
Vou votar `SIM´ como já vos havia referido, convicção que sai reforçada pela argumentação, de ambos os lados, que tenho vindo a ver, ouvir e ler nos últimos dias.
Contudo, não deixo de pretender expressar alguma preocupação sobre `o dia seguinte´(na hipótese de o `SIM´ ser sufragado maioritariamente), uma vez que a discussão verdadeiramente importante a meu ver será promover uma ampla discussão pública, sem qualquer espécie de anátemas, envolvendo todos os sectores da sociedade, no intuito não só da realizar e estudar formas de prevenção da IVG (educação sexual e planeamento familiar como claras pedras de toque) e acompanhamento psicológico e legal (aqui claramente mais eficazes e céleres formas nos processos de adopção), procurando claramente desencentivar as mulheres portuguesas de recorrerem ao aborto.
Em todo o caso, recentes sondagens trouxeram a lume algo que me faz reflectir profundamente sobre toda esta temática em torno da IVG!
É que 48% das mulheres portuguesas pelos vistos preparam-se para não ir às urnas no próximo domingo...
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