Para quem não teve ocasião de ver a entrevista com o cientista, aqui vai o 1º argumento INFORMATIVO credível.
O embrião, ou melhor, ainda antes de ser embrião, o que está na barriga da mulher no momento da concepção é vida humana ! Porque é o fruto de células humanas ! As células humanas quando se juntam, não dão outra coisa que não seja célula humana! Logo, há vida !
Já num registo menos científico mas mais filosófico, não concordo quando compara aborto a anti-concepção. Explico :
Com uma atitude anti-conceptiva, há-a que evita a junção do espermatozóide ao óvulo, o que não configura, a meu ver, qualquer acção abortiva . O uso do preservativo não está a provocar um aborto ; está a evitar a formação de algo susceptível de ser abortado ! Aquando da toma duma pílula do dia seguinte aí aceito, o fármaco vai "desfazer" o que já está feito.
Faltam 9 dias !
Reflitamos .
3 Comments:
Hoje volto ao Blog por 2 razões:
1ª Esclarecer que estou inteiramente de acordo quando o A. Matos diz “Mas a verdade é que o NÃO ao pretender defender a vida , não consegue convencer-me da excepção que põe ao bébé concebido fruto de uma violação !
Há vida boa e vida não boa ? Há vida a preservar e vida a abater ? “
Por coerência com o que disse antes, uma vez que se o feto para mim é uma vida humana, também não estou de acordo com a actual lei. Chamo no entanto atenção para o facto de uma mulher que tem de tomar dramática decisão, perante a possibilidade de gerar um filho deficiente ou fruto de uma violação e que está perfeitamente confusa sobre a existência de vida intra-uterina(a própria lei dá indicação de não existência), qualquer que seja a sua opção , ter sempre da minha parte compreensão, respeito e solidariedade!
Aproveito para vos aconselhar um fantástico programa no National Geographic Channel , sobre a vida intra-uterina dos gémeos, no no próximo Domingo dia 4 às 20h.
2ª Uma das coisas que tenho a agradecer ao meu gosto pelos Karts foi ter conhecido o Nuno Lorvão! É daqueles tipos de quem é impossível não gostar, tanto em pista como fora dela. E a prova é que mesmo quando temos posições discordantes, isso servir para aumentar ainda mais amizade que tenho por ele.
Até por isso vou levar o tema para 2 aspectos em que ambos estamos em perfeita sintonia : Automobilismo e adopção.
Sabiam que um dos pilotos que eu mais admiro como profissional e como pessoa- o Jean Alesi- foi adoptado em criança? Como ele deve estar grato aos seus pais adoptivos e à mãe biológica que o fez nascer nascer, mesmo sabendo que não poderia vê-lo crescer ao seu lado!
Pelo que aqui escrevemos, ninguém parece ter dúvidas que no dia 12 de Fevereiro, qualquer seja o resultado , depois de voarem todas as moscas, a merda vai ser a mesma!E os abortos,vão continuar, segundo os dados(muito imprecisos) a rondar os 20.000.
Entretanto, milhares de familias , com capacidade de receber não só estas 20.000, mas muitas mais crianças( ..e há tantas à espera!!) , continuam a desesperar à espera que infindáveis processos de adopção, tolhidos pela borucracia e estupidez, se arrastem anos sem fim!
Este mediático caso de pseudo sequestro e luta pela custódia de uma menina de 5 anos são o exemplo acabado de como as nossas instituções, a nossa comunicação social e mesmo alguma opinião pública mais manipulável desprezam por completo a noção do que é uma familia , desrespeitando a dignidade, tanto dos pais adoptivos, como dos pais biológicos como acima de tudo das crianças envolvidas!
Como o Alexandre já disse disse e muito bem, mais que mudar as leis é preciso mudar as mentalidades.
E neste gritante caso da “adopção” em Portugal, que não sendo a solução mágica para o que temos estado a discutir, pode dar uma preciosa ajuda, todos temos de nos informar mais, de nos unir mais e de intervir mais para que as coisas mudem e depressa. Não estão de acordo?
José Luís Fonseca
Caríssimo Alexandre, porque também não sou médico ( mas gostava ! ) tenho "metido a foice em seara alheia" alvitrando sobre concepção e anti-concepção nesta divagação sobre o aborto.
Receio poder estar a lançar imperfeições técnicas sobre o tema mas se isso provocar um debate útil, sério e conclusivo, então acho que valeu a pena.
Claro que não podia deixar de ler mais alguma coisa sobre tudo isto e verificar se a opinião colhia apoios na comunidade médica. E a verdade é que colheu ! Passo a transcrever o texto que apanhei na NET não para avalizar a minha opinião mas sim para aumentar o leque do conhecimento de todos nós.
Acredito que argumentos contrários os haja e por isso mesmo aqui estamos a dirimi-los.
Aí vai :
"Esta pílula ( do dia seguinte ) é inibidora da implantação da mórula. A gravidez começa com a fecundação, pelo que a Pílula do dia seguinte é abortiva por actuar depois dela.
Não é propriamente um método contraceptivo, mas sim um recurso disponível se existir alguma falha na utilização de um método contraceptivo e verificar-se a possibilidade de gravidez.
Deve ser usada da forma prescrita e apenas pontualmente, em situações especiais. A ênfase no uso esporádico se justifica porque a pílula do dia seguinte joga no corpo um nível de hormônios bastante alto, que pode trazer efeitos colaterais, e o uso excessivo diminui sua eficácia e facilita distúrbios hormonais. Mas, na maioria dos casos, e tendo uso correto, a pílula do dia seguinte não traz riscos para a saúde e pode prevenir, com muita eficácia, a implantação da mórula.
A contracepção de emergência é utilizada há cerca de 20 anos em muitos países do mundo e foi considerada segura para a saúde da mulher pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e por muitas outras Agências Mundiais de saúde.
A contracepção de emergência pode ser usada depois de se ter relações sexuais desprotegidas ou quando, por exemplo, o preservativo se rompe, quando houve esquecimento da pílula, ou depois de uma situação complicada como é uma violação ou uma relação sexual não desejada, por forma a evitar uma gravidez. Deve-se tomar o mais cedo possível, dentro de 72 horas após a relação sexual. A segunda toma deve ser efectuada 12 horas depois da primeira.
A contracepção de emergência está disponível em Portugal, sem receita médica. Se precisar de a utilizar, recorra a um Centro de Atendimento para Jovens, a um Centro de Saúde ou a um Gabinete de Apoio à Sexualidade Juvenil do Instituto Português da Juventude".
Já quanto à eutanásia, temos que abrir novo espaço de discussão pois temos que perceber primeiro se estamos a falar de homicídio ou suicídio assistido.
A "pílula do dia seguinte" tem 3 formas de acção possível:
- Atrasa a ovulação, caso esta ainda não tenha orcorrido à altura do 'acidente';
- Cria um ambiente hostíl à sobrevivência dos espermatozóides no interior da mulher;
- Dificulta a nidificação do ovo.
Apenas a última pode vagamente ser considerada abortiva.
Embora não seja possível verificar experimentalmente qual dos 3 métodos de acção é mais eficaz, ou acontece mais vezes, a enorme diferença de eficácia se tomada imediatamente a seguir ao 'acidente' sugere que os 2 primeiros têm clara prevalência sobre o 3º.
De facto, embora a fecundação ocorra muito pouco depois do contacto dos espermatozóides com o óvulo, a verdade é que o óvulo vive mto pouco tempo. Assim, a eficácia da fecundação, depende muito mais da capacidade de sobrevicência dos espermatozóides, do que do óvulo. É nisso que joga a pílula do dia seguinte: lixar a capacidade de sobrevivência dos sacaninhas, não lhes dando hipótese de atingir o alvo e aumentando o tempo até à ovulação, para reduzir ainda mais a probabilidade. Só no caso remoto de ter havido uma ovulação pouco antes do acidente é que a "pílula do dia seguinte" poderá ser abortiva.
Como é óbvio não sou um perito na matéria, mas o que me foi explicado do processo da "pílula do dia seuinte" é isto. Ao fim ao cabo, não é mais do que o processo inverso da maioria dos tratamentos de infertilidade.
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