terça-feira, março 27, 2007


Preparava-me eu para uma tarde passada a ver um celulóide desses que estão na berra - O Pastor - quando, e após um contacto exploratório prévio com o meu amigo Azevedo, sou despertado pelo estridente telemóvel a anunciar-me que teria sido extremamente oportuno uma vez que a vida não trouxe ainda as condições ideais ao Emanuel.
Mas comecemos pelo princípio.
Estávamos em 2001 e a actividade kartista já me preenchia há muito os deleites próprios de quem tem o prazer da velocidade, dos automóveis e da condução.
Dava vida nessa altura a uma casa de degustação - EntreNoz - onde instituí a rotina diária dum Editorial que a breve trecho se tornou um escaparate de "peregrinação" obrigatória pelo tom crítico que os seus conteúdos manifestavam.
Aproveitando-me destas duas realidades - casa e editorial - pus em execução uma tentativa de índole solidária para com uma criança que reunisse simultâneamente a infelicidade de ser portadora de deficiência e não tivesse condições económicas que lhe permitissem uma saudável qualidade de vida.
Contactado aquele meu amigo que associava a característica de ser um reputado técnico nacional do foro da mobilidade, de imediato se trabalhou no sentido da selecção do nosso menino.
Daí até sermos confrontados com um daqueles casos mais consentâneos com a realidade de há vários séculos atraz, foi um passo.
Era uma menina da zona do Bombarral, portadora de profunda deficiência e assistida no Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian em Lisboa. Era a Vera Canas.
À Vera conseguimos oferecer um conjunto apropriado de instrumentos de ajuda ao dia-a-dia de um deficiente e que tinha sido devidamente prescrito em parecer médico.
Posteriormente, e fruto de dinheiro que sobrou após o investimento para a Vera, ainda conseguimos ser úteis a uma segunda criança que, se bem que portadora de deficiência do mesmo teor, não o era tanto do ponto de vista limitativo o que nos permitiu, igualmente com o aconselhamento médico e técnico, oferecer-lhe uma cadeira de roda eléctrica e um computador.
Era o já mencionado Emanuel Correia Guedes.
A sensação de missão cumprida foi-nos altamente motivadora.
Passaram-se 6 anos e, obviamente, todas estas ofertas se tornaram obsoletas e urge substituílas para que não nos deitemos tranquilamente convencidos que resolvemos uma situação quando apenas a atenuámos temporáriamente.
Todos sabemos que o nosso país não prima na resolução de problemas de saúde embora tenhamos responsáveis que do alto da sua arrogância até parecem gente interessada ....
Então temos que ser solidários ! E desta feita, ao sermos solidários, temos ocasião de ver directamente para onde vai a nossa ajuda !! As coisas são entregues EM MÃO !
Ora bem, isto não é "atar e pôr ao fumeiro" , é preciso trabalhar !
Estou a oferecer-me para dinamizar essa acção e aqui vai o primeiro passo.
Através deste blog daqui se lança o desafio para uma prova de karting de 3 horas, por equipas, a ter efeito no kartódromo do Bombarral e cujo produto será para a compra de uma nova cadeira de rodas pois o Emanuel já não cabe na antiga.
Quanto à Vera, estou a tentar localizá-la para saber do que precisa.
Já contactei o kartódromo do Bombarral que colaborará igualmente ( fazendo descontos que reverterão para o fim em vista ) mas só dirá de sua justiça quando tivermos as ideias mais bem assentes.
Preciso das opiniões de todos os que lerem este artigo com urgência pois o Emanuel assim o "exige".

2 Comments:

Blogger ruimealha said...

Concerteza que pode contar comigo, desde que esteja desocupado em termos profissionais nesse dia. O Pragosa não vai lá ezstar, pois não? É que se for assim, eu trabalho nesse dia... Estou a brincar, vou lá estar mas levo a minha espingarda de canos cerrados!

Rui Mealha

1:49 da tarde  
Blogger Nuno Filipe Lorvão said...

Pode contar comigo, como já lhe referi em mail remetido há pouco tempo.
Uma sugestão: Que a constituição das equipas seja feita por sorteio puro e duro.
Abraço a todos

11:40 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home


Free Counter