O tempo que mediou entre o último texto inserido no blog e este outro foi mais dilatado do que aquele que se pretendia mas tal não reflecte desinteresse, cansaço ou qualquer outro motivo que não seja a vida do dia-a-dia e seus contratempos muitas vezes a impossibilitar o pleno gozo de hobbies que cada um de nós tem como refúgio ao stress quotidiano.
Chegados aqui, eis que me suscita curiosidade a opinião de gente anónima sobre algumas questões de índole nacional cuja dimensão se me afigura perturbadora pelo laisser-fair laisser- passer muito demonstrativo da condescendência miserabilista do português.
Ultimamente, e neste contexto, ponho-me a questionar alguns desígnios assumidos como nacionais mas que, de facto, não passam de vaidades pessoais de um ou outro elemento governativo com sede de protagonismo mesmo que seja à pala do empenhamento, quantas vezes desesperado, do Zé Povão o qual, só tardiamente se apercebe que contribuiu para o nada ou para algo que, se devidamente informado, se recusaria pura e simplesmente a sacrificar-se, revoltando-se e rebelando-se .
Faz-me doer a alma e a bolsa tudo quanto se refere à questão OTA.
Faz-me espécie toda a problemática de ordem arquitectural, de engenharia, de técnica aeronáutica, de segurança de longevidade enfim, que tenta lançar o tema para a mesa das conversações mas que sistematicamente é chutada para canto com a desfaçatez alarve dum ministro que tem a distinta lata de dizer que esse projecto é uma questão pessoal !!
Vala-lhe santo Deus mas ponhamos o "Zé" a sacudir o pó aos fagotes do sr. Mário Lino e a dizer-lhe que para projectos pessoais estamos cá nós no aconchego do nosso sofá a decidir se substituimos o frigorífico ou se optamos pela compra de um LCD lá para casa !
A noção de que o português é um povo de brandos costumes está démodé e eu quero torná-la inquestionavelmente obsoleta.
Claro que este conceito está demasiado enraizado na nossa cultura daí que sejam precisas muitas vozes a fazerem coro e eco para que outros saibam que não nos conformamos com este tipo de arbitrariedades a que alguns papuços tomam mão sem que para tal tenham sido mandatados.
O defeito deste país é que deixa fazer toda a gama de asneiras a senhores que, pelo facto de serem ministros, julgam-se superiores ao comum dos mortais e falam como se da sua quintarola se estivessem a encarregar. A verdade é que não estão mas temos que lhes recordar esse estatuto de nossos serviçais e não o contrário !!
Claro que o "Povão", com tanta libertinagem consentida, tem as suas culpas, pois então !
Rejeitarei qualquer amoque de qualquer miúdo nascido pós 25 de Abril que venha agora, do cimo da sua pedante arrogância, arvorar-se em defensor das liberdades do homem quando, afinal, ele não sabe ( felizmente para ele! ) o que é isso de liberdade, pois só o saberá de verdade quando dela fôr destituído !
Mas a verdade é uma ciência não exacta e a carecer de constante reflexão para que não nos estupidifiquem a bel prazer das circunstâncias.
Se um medicamento em plena fase de comercialização e consequente uso pelas suas características curativas deixa de o ser e passa a veneno ( por ex. talidomina se bem se lembram os da minha idade ) , a cultura não é menos digna de aprofundamento constante para lhe estudarmos as entranhas e desfazermos mitos que confundem o mais incauto.
Um dia, numa das minhas deambulações europeístas ( antes da queda do muro ) fui visitar o antigo campo de concentração de Dachau.
Quem, por ventura já o fêz, constatou que a história mantém-se sem alteração dos seus protagonistas . Ele é o Hitler e toda a barbárie que protagonizou sem, no entanto, ser apagado o seu nome. Pelo contrário, investiram na recuperação da destruição selvática da sua memória para que ninguém se esqueça do seu significado !
Chegados aqui, eis que me suscita curiosidade a opinião de gente anónima sobre algumas questões de índole nacional cuja dimensão se me afigura perturbadora pelo laisser-fair laisser- passer muito demonstrativo da condescendência miserabilista do português.
Ultimamente, e neste contexto, ponho-me a questionar alguns desígnios assumidos como nacionais mas que, de facto, não passam de vaidades pessoais de um ou outro elemento governativo com sede de protagonismo mesmo que seja à pala do empenhamento, quantas vezes desesperado, do Zé Povão o qual, só tardiamente se apercebe que contribuiu para o nada ou para algo que, se devidamente informado, se recusaria pura e simplesmente a sacrificar-se, revoltando-se e rebelando-se .
Faz-me doer a alma e a bolsa tudo quanto se refere à questão OTA.
Faz-me espécie toda a problemática de ordem arquitectural, de engenharia, de técnica aeronáutica, de segurança de longevidade enfim, que tenta lançar o tema para a mesa das conversações mas que sistematicamente é chutada para canto com a desfaçatez alarve dum ministro que tem a distinta lata de dizer que esse projecto é uma questão pessoal !!
Vala-lhe santo Deus mas ponhamos o "Zé" a sacudir o pó aos fagotes do sr. Mário Lino e a dizer-lhe que para projectos pessoais estamos cá nós no aconchego do nosso sofá a decidir se substituimos o frigorífico ou se optamos pela compra de um LCD lá para casa !
A noção de que o português é um povo de brandos costumes está démodé e eu quero torná-la inquestionavelmente obsoleta.
Claro que este conceito está demasiado enraizado na nossa cultura daí que sejam precisas muitas vozes a fazerem coro e eco para que outros saibam que não nos conformamos com este tipo de arbitrariedades a que alguns papuços tomam mão sem que para tal tenham sido mandatados.
O defeito deste país é que deixa fazer toda a gama de asneiras a senhores que, pelo facto de serem ministros, julgam-se superiores ao comum dos mortais e falam como se da sua quintarola se estivessem a encarregar. A verdade é que não estão mas temos que lhes recordar esse estatuto de nossos serviçais e não o contrário !!
Claro que o "Povão", com tanta libertinagem consentida, tem as suas culpas, pois então !
Rejeitarei qualquer amoque de qualquer miúdo nascido pós 25 de Abril que venha agora, do cimo da sua pedante arrogância, arvorar-se em defensor das liberdades do homem quando, afinal, ele não sabe ( felizmente para ele! ) o que é isso de liberdade, pois só o saberá de verdade quando dela fôr destituído !
Mas a verdade é uma ciência não exacta e a carecer de constante reflexão para que não nos estupidifiquem a bel prazer das circunstâncias.
Se um medicamento em plena fase de comercialização e consequente uso pelas suas características curativas deixa de o ser e passa a veneno ( por ex. talidomina se bem se lembram os da minha idade ) , a cultura não é menos digna de aprofundamento constante para lhe estudarmos as entranhas e desfazermos mitos que confundem o mais incauto.
Um dia, numa das minhas deambulações europeístas ( antes da queda do muro ) fui visitar o antigo campo de concentração de Dachau.
Quem, por ventura já o fêz, constatou que a história mantém-se sem alteração dos seus protagonistas . Ele é o Hitler e toda a barbárie que protagonizou sem, no entanto, ser apagado o seu nome. Pelo contrário, investiram na recuperação da destruição selvática da sua memória para que ninguém se esqueça do seu significado !
A célebre frase
Arbeit Macht Frei está lá ! E em todos os outros campos ! Ninguém a substituiu por " Olá Angela Merkel, bem vinda a este Resort" ....
Em comparação, o que fizemos nós, cá no burgo ? Aproveitámos para memorizar um movimento revolucionário imberbe, com uma obra para a qual nada contribuiu, e que representava, há dezenas de anos, para o bem ou para o mal, o ambiente político anterior. Mudaram o nome da Ponte Salazar para Ponte 25 de Abril !!
O que sabe disto a grande maioria dos tais miúdos portugueses ?
Quem é, então, o responsável pela miserável iliteracia do nosso povo ?
Antigamente escondia-se a realidade mundial deste país desgraçado e com isso se justifica ainda hoje o atraso em relação aos restantes povos europeus ; hoje continua-se a desvirtuar a história com estes episódios serôdios .
Proponho aqui e a partir daqui, a troca de opiniões sobre questões tão fracturantes quanto as que mencionei. Lancemos o debate ! Não se aconcheguem à sempre cómoda posição de não-interveniente para se poderem insurgir mais tarde. Sejamos pró-activos ! Consensos não os haverá ( e ainda bem ) mas a nossa civilidade terá que permitir dissecar ideias livremente.
É entusiasmante ser quem dá o kickoff embora com os riscos inerentes. Sei-o, e posso dar origem a mal-entendidos mas a ideia é, destemidamente abrir o diálogo e não temer o confronto ! E porquê temê-lo ?
Alguém quer expôr ideias ?
AGM
Arbeit Macht Frei está lá ! E em todos os outros campos ! Ninguém a substituiu por " Olá Angela Merkel, bem vinda a este Resort" ....
Em comparação, o que fizemos nós, cá no burgo ? Aproveitámos para memorizar um movimento revolucionário imberbe, com uma obra para a qual nada contribuiu, e que representava, há dezenas de anos, para o bem ou para o mal, o ambiente político anterior. Mudaram o nome da Ponte Salazar para Ponte 25 de Abril !!
O que sabe disto a grande maioria dos tais miúdos portugueses ?
Quem é, então, o responsável pela miserável iliteracia do nosso povo ?
Antigamente escondia-se a realidade mundial deste país desgraçado e com isso se justifica ainda hoje o atraso em relação aos restantes povos europeus ; hoje continua-se a desvirtuar a história com estes episódios serôdios .
Proponho aqui e a partir daqui, a troca de opiniões sobre questões tão fracturantes quanto as que mencionei. Lancemos o debate ! Não se aconcheguem à sempre cómoda posição de não-interveniente para se poderem insurgir mais tarde. Sejamos pró-activos ! Consensos não os haverá ( e ainda bem ) mas a nossa civilidade terá que permitir dissecar ideias livremente.
É entusiasmante ser quem dá o kickoff embora com os riscos inerentes. Sei-o, e posso dar origem a mal-entendidos mas a ideia é, destemidamente abrir o diálogo e não temer o confronto ! E porquê temê-lo ?
Alguém quer expôr ideias ?
AGM
1 Comments:
Tinha escrito um texto todo bonito para o teu "artigo" de hoje mas quando o enviei apagou-se e agora já não tenho tempo para o reescrever...
De qualquer maneira vejo que a veia jornalística se mantém através das gerações e agora que não temos o "O Vilarealense" publicamos as nossas opiniões na Net. Beijinhos
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