Junho de 1978.

Andava por Roma numa doce loucura de jovem adulto integrado num grupo de amigos que se dedicava a gozar os prazeres da vida com que o sucesso profissional me presenteava.

A política não despertava, definitivamente, o nosso interesse pese embora o facto de o 25 de Abril já ter acontecido em Portugal.

Aldo Moro tinha sido assassinado há um mês e encontrado algures numa ruela romana que jurámos encontrar.

Andávamos em 2 Fiat Miriafiori ( éramos 9 ) um dos quais conduzido por mim, em altas velocidades, todos com chapéus de palha ao jeito de ridículos Al Caponne's, à procura da Fontana di Trevi e da Via Caetani.

Qualquer um destes lugares tornaram-se-me míticos pelo cosmopolitismo e encanto do primeiro e pelo calafrio causado no segundo.

Surgiu-me este tema hoje, às 2 horas da madrugada, pois acabei de ver um filme fabuloso na RTP sobre uma realidade daquele tempo em Itália - As Brigadas Vermelhas.

Foi um bom serão televisivo este, uma vez que o complementei com um debate técnico sobre a OTA após o qual concluí da parafernália de estudos que terão sido feitos e as suas interligações com a actual polémica nacional.

Apraz-me ter levantado a discussão uns dias antes neste blog agradecendo à Maria Manuel o seu post, lamentado não ter tido acesso ao teu texto inicial.

Finalmente, fiquei satisfeito quando, após todos estes "bonbons", verifiquei que nunca mais me lembrei que tinha uma reunião de condóminos ao princípio da noite à qual, portanto, faltei, não tendo suportado todo aquele clima tipo sala de espera para a consulta da caixa de previdência que a caracteriza, e para as quais deixei de ter paciência ....