Voltemos à sala de aula !
Como se vê, o prof não está lá !!
.... e como é chato ouvir recomendações !!!!! Até parecem os breifings nas provas de karts !!!
Na "aula" nrº 1 falei sobre a necessidade de olhar de vez em quando para o lado de modo a evitar rotas de colisão, certo ?
Hoje falamos de ultrapassagens.
Considero que uma ultrapassagem em situações normais de estrada é o paradigma da manobra mais difícil de se efectuar quando levada à expressão máxima de segurança. Explico :
A manobra de ultrapassagem deve ser iniciada com o carro a uma velocidade muito superior à do carro a ser ultrapassado. Daí dever ser preparada com antecedência. Elementar !
Aquando do início dessa manobra, e perante qualquer situação que a faça abortar, bastará a desaceleração para ser retomada a via anterior e tentar-se mais tarde.
Não havendo problemas de última hora, a ultrapassagem concretizar-se-à em fracções de segundo com toda a naturalidade.
Não estou a mencionar, obviamente, situações de ultrapassagens no limite cuja realização se deixa para os experts pelos perigos que encerram.
Posto isto, vamos à ultrapassagem no karting.
A grande diferença é que nas provas, não aparece ninguém em sentido contrário !
Depois, muitas delas são feitas nos limites pois o adversário "segura-se" não a facilitando e além disso há os chamados "pontos de ultrapassagem" que são exactamente aqueles onde, in extremis, se ganham posições. Regra geral na abordagem a curvas difíceis.
Em qualquer situação, porém, há que ter em consideração se estamos na posse da trajectória e assim temos direito a escolhê-la ( cabendo ao outro a responsabilidade de travar e aguardar outra oportunidade ) ou se, pelo contrário, o adversário está já nitidamente numa situação predominante e devemos deixá-lo avançar cabendo a nós a obrigação de travar.
O risco associado à fuçanguice de tudo e todos querermos ultrapassar traduz-se muitas vezes no despiste e no comprometimento da prova.
Finalmente, e porque a opinião já vai longa, permitam-me os menos experientes dizer-vos que há um perigo grande em batermos com as rodas da frente do nosso kart nas rodas de traz do outro kart. Isto porque, pelas regras da física já demonstradas muitas vezes, a tendência é de o kart de traz subir literalmente pelo da frente e capotar ! De evitar, portanto !
Amanhã há mais !
Como se vê, o prof não está lá !!
.... e como é chato ouvir recomendações !!!!! Até parecem os breifings nas provas de karts !!!
Na "aula" nrº 1 falei sobre a necessidade de olhar de vez em quando para o lado de modo a evitar rotas de colisão, certo ?
Hoje falamos de ultrapassagens.
Considero que uma ultrapassagem em situações normais de estrada é o paradigma da manobra mais difícil de se efectuar quando levada à expressão máxima de segurança. Explico :
A manobra de ultrapassagem deve ser iniciada com o carro a uma velocidade muito superior à do carro a ser ultrapassado. Daí dever ser preparada com antecedência. Elementar !
Aquando do início dessa manobra, e perante qualquer situação que a faça abortar, bastará a desaceleração para ser retomada a via anterior e tentar-se mais tarde.
Não havendo problemas de última hora, a ultrapassagem concretizar-se-à em fracções de segundo com toda a naturalidade.
Não estou a mencionar, obviamente, situações de ultrapassagens no limite cuja realização se deixa para os experts pelos perigos que encerram.
Posto isto, vamos à ultrapassagem no karting.
A grande diferença é que nas provas, não aparece ninguém em sentido contrário !
Depois, muitas delas são feitas nos limites pois o adversário "segura-se" não a facilitando e além disso há os chamados "pontos de ultrapassagem" que são exactamente aqueles onde, in extremis, se ganham posições. Regra geral na abordagem a curvas difíceis.
Em qualquer situação, porém, há que ter em consideração se estamos na posse da trajectória e assim temos direito a escolhê-la ( cabendo ao outro a responsabilidade de travar e aguardar outra oportunidade ) ou se, pelo contrário, o adversário está já nitidamente numa situação predominante e devemos deixá-lo avançar cabendo a nós a obrigação de travar.
O risco associado à fuçanguice de tudo e todos querermos ultrapassar traduz-se muitas vezes no despiste e no comprometimento da prova.
Finalmente, e porque a opinião já vai longa, permitam-me os menos experientes dizer-vos que há um perigo grande em batermos com as rodas da frente do nosso kart nas rodas de traz do outro kart. Isto porque, pelas regras da física já demonstradas muitas vezes, a tendência é de o kart de traz subir literalmente pelo da frente e capotar ! De evitar, portanto !
Amanhã há mais !
4 Comments:
Hé, hé, hé, hé...
Uma mui interessante [quão pedagógica!] alocução sobre karts!...
Contudo, caro amigo Matos, face a acontecimentos recentes, creio que o Alex Valle aqui virá muito em breve exercer cabalmente o `princípio do contraditório´, hehehehehehehe...
Pareceu-me, e bem, que o Alexandre esclarecesse uma vez mais a situação criada no Campera e concluo que afinal, a montanha pariu um rato !
Não houve, evidentemente, lugar a qualquer contraditório !
Por outro lado, e não tendo eu ainda 32 anos de karting ( julgo que rondarei os 20 embora no maior dos amadorismos ) tenho, isso sim, 40 de condução automóvel disfrutando dum prazer enorme na sua execução, tentando algum perfeccionismo o que me dá a pretensão de poder transmitir experiências que possam ser úteis aos mais novos e menos experientes.
Esclarecida que está a iniciativa de escrever duas palavrinhas sobre segurança após intervenção oportuna do Rui Mealha nesse sentido, gostava de interpelar o meu amigo Alexandre para eu aprender mais alguma coisa. Diz você que na "célebre" curva 1, a páginas tantas, entraram 3 karts 2 dos quais sem lastro .....
Suponho que se referia à Catarina a a mim, certo ? Diz também que a ausência do lastro, e embora mais lento nesse ponto, eu teria mais saída e daí a sua impossibilidade de concretizar a ultrapassagem, certo ? Mas agora esclareça-me : de facto eu vou sem lastro porque, entretanto levo os meus 81 kg que superam o lastro que você levava, certo ? Então isso não compensa e não desfaz a sua argumentação ? Se mantiver o seu ponto de vista, pergunto : e se eu pesasse 90 kg ? Se nesta nova hipótese concordar comigo, a partir de que peso é que, afinal, sublimo o sentimento de culpa ?
Esclareça-me urgentemente para ver se consigo dormir mais sossegado e sem tantos pesadelos hehehehe ...
Como em questão de carapuças, prefiro enfiar a minha, a que ma enfiem - e isto cá em cima até faz frio -, repito o que disse na minha crónica: no Campera tive um comportamento um pouco diferente do habitual, o que me levou a pequenos toques. Fi-lo pela necessidade de arriscar para recuperar um gde atraso e pq é quase impossível ultrapassar no Campera, sem um bocado de risco.
Qdo o António diz que a vantagem deve ser ganha, ou pelo menos preparada, antes da curva, concordo integralmente. Só que no limitado espaço do Campera, tal é praticamente impossível. É já dentro da curva que se tem hipótese de ganhar a vantagem. Na entrada está tudo ainda mto longe de decidido. O exemplo mais típico é a direita depois da meta, onde uma entrada mais cedo e mais solto pode proporcionar estarmos à frente a 2/3 da curva, saindo pior, mas tentando aguentar a posição. Só que, para que isso resulte, é preciso julgar bem a trajectória do kart da frente, de forma a que, qdo os 2 inevitavelmente se cruzem, a trajectória seja já de quem ultrapassa.
Foi essa manobra que eu arrisquei algumas vezes: ora pq entrava bem na recta da meta; ora pq o piloto à minha frente, inesperadamente entrava mto tarde.
Só que nem sempre resultou, pois a óptica era mais um 'vamos lá a ver se dá' do que um 'já está'. O resultado é que algumas vezes não deu. Nessa altura, tento encolher-me, rapidamente, para dar a trajectória ao meu adversário. O problema é que como a tentativa se inicia tarde, só tarde verifico que não dá e só tarde consigo desistir. Isto pode levar, e levou, ao toque. Nestas situações, o que faço é todos os possíveis para não tirar partido dele e garantir que o meu adversário mantem a sua posição, com o mínimo tempo perdido - na 1ª manga, mas noutra curva, fiz um pião só para evitar o contacto qdo o meu adversário fechou mais que eu esperava.
Arriscaria da mesma forma sem ferros ou noutro circuito ? A resposta é não ! Seja como for, não me arrependo do o ter feito aqui, pois nunca prejudiquei ninguém e só arriscando consegui subir. (Infelizmente o mesmo não posso dizer da prova do ORMEI, onde inadvertidamente pus fora um gde amigo.)
Qto aos atrasados, a história é completamente diferente. Sem arriscar não havia qq hipótese de ultrapassar alguns, pois sem lastro eram mto rápidos na saída e nas rectas, pelo que a ultrapassagem tinha de ser feita inevitavelmente dentro da curva. Entrava depois, mas tinha de saír à frente. Frequentemente deixavam um espacinho junto à corda. Era aproveitá-lo e ir por lá. Mesmo que tentassem fechar, como frequentemente faziam; mesmo a trajectória não sendo minha, qdo havia um espaço, o meu kart já não saía de lá, ainda que houvesse um ligeiro toque.
O que, seja com atrasados, seja com pilotos rápidos, ponho completamente fora da equação é o toque intencional para desiquilibrar. Ponho eu fora da equação e qq gajo decente, embora nem sempre corra com gajos decentes e ainda na prova do CÁGADO em Dezembro tenha 2 vezes sido vítima do mesmo piloto, nosso bem conhecido.
Respondendo aos temores do Alexandre, aquilo que encontrei no TIT no ano passado, foi um ambiente bte civilizado. Não eram anjinhos, como eu, que se tocarem desistem da ultrapassagem, mas tb não havia quase ninguém a desiquilibrar o kart da frente com toques. A única excepção que encontrei foram os do Kart Center de Matosinhos, habituados ao indoor, davam toques por todo o lado. Para garantir que a coisa não descambava, havia mtos comissários espalhados pela pista, com ordem para entrarem a matar contra qq excesso. Há 2 anos os comissários eram os próprios organizadores dos 15 troféus, bons conhecedores de todas as manhas.
Assim, espero um ambiente de agressividade moderada. Espero não me enganar, que não estou para entrar em guerras.
Eu conheci uma pessoa que pontuava por ser um tipo visceralmente honesto, muito simpático, de graça espontânea, mas com uma particularidade negativa que, por mais do que uma vez, o levou a situações desagradáveis. Conseguiu que em discursos públicos, e ao elogiar um ilustre dos presentes, fosse interpretado exactamente ao contrário provocando nesse outro, um sentimento de aspereza que mais tarde necessitava de esclarecimentos.
Julgo que aqui aconteceu algo semelhante ( e ainda bem para o blog ter a vivacidade dos últimos tempos ) ainda que não se tratasse de elogios.
Do post do Alexandre que começa " Não sei porquê ....? " li, reli e voltei a ler hoje e não é totalmente descabida uma interpretação que indiciasse que o seu texto se referia a toda uma abordagem da curva 1 e que culminou com o seu despiste. Daí eu ter querido saber a sua opinião abalisadíssima sobre a questão do lastro e o meu over-peso e de que maneira se justificava a sua teoria face a esses dados.
Afinal não se referia ao nosso caso ? Ora bolas, gastei o meu latim em vão hehehehe !
Vivam os blogs ! Vivam os posts ! Vivam as polémicas ! Vivam os levezinhos ! Vivam os pesadinhos ! Viva o IN HOC SIGNO VINCES !
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