"IN HOC SIGNO VINCES ! Foi nos tempos idos dos 70's uma esperança de vida que se concretizou ! Hoje acompanha um grupo de amigos que se entretém a baixar os níveis de adrenalina nos kartódromos de Portugal"
Uma outra prenda que gostava de partilhar com o grupo kartista a quem este blog se dedica prioritariamente é exactamente a génese do nosso nome.
Após pesquisa no baú das minhas recordações descobri o badge identificativo daquela minha passagem por terras de África e que quero partilhar convosco.
3 Comments:
Um abraço a todos.
Infelizmente perdi o meu pai em 1966, em Angola. Era oficial de carreira da antiga escola do exército (actualmente Academia militar). Era capitão.
Tendo estado nos anos 50 na Guiné (ainda antes da guerra colonial), foi o chefe de gabinete do Governador. Em 1961 foi para Angola tendo corrido tudo bem. Em 1965 a GNR, que não formava oficiais, requisitou 25 oficias ao exército tendo o meu pai sido um deles. A colocação foi em Vila Nova de Cerveira, posto que controlava o contrabando na altura. Ora como a família paterna dele era toda de Cerveira, recusou o cargo para não ter que "enfrentar" os seus entes, no negócio contrabandista (90 % das pessoas vivia do contrabando).
Por "represália" foi para Angola novamente, tendo falecido com uma pleurisia (após um acidente de jeep) no hospital de campanha. Os medicamentos não eram os adequados e "por ali" ficou.
A minha vida de "militar" foi curiosa.
Em 1973, com 12 anos, fui para os Pupilos do exército, onde estudei durante 7 anos.Aí tive o primeiro contacto com a vida militar e respectiva instrução.
Em 1983, fiz a recruta em Castelo Branco. Apanhei um "aspirante" acabadinho de chegar da escola de Mafra. Sofremos a bom sofrer. Até nadei numa grande poça de azeite...!!!
Depois, em 1984, fui para a Brigada Mista Independente (1º BIMOTO) em Tomar mas, felizmente, não assisti a nenhum palco real de guerra.
As "manobras" em Sta Margarida eram muito "puxadas". Felizmente a minha especialidade era RT CAR, ou seja, condutor e rádio-telegrafista. Durante as manobras, descansava nas viaturas. Quando acabavam as referidas manobras para a maioria dos vários batalhões, aí começavam as "minhas" manobras: - Limpar a lama dos jeep, camiões e respectivos reboques.
Enfim, acabei por ter uma vida de militar santa.
Abraços a todos.
Caríssimo "orelhinhas",
Tive o prazer de o conhecer aqui há uns dias no kartódromo do Campera . Você deve ter aquele dom que capta simpatias ao 1º contacto e, devo dizer, o mesmo aconteceu comigo.
Após a leitura do seu post, não podia ter ficado indiferente ao seu relato referente ao seu Pai pelo que daqui lhe presto a minha solidariedade ainda que a título póstumo.
Foram tempos complicados aqueles e profundamente marcantes pelo que a pequeníssima coisa que foi o meu badge tem para mim um significado tão intimista que foi com grande orgulho que o disponibilizei para cimentar o espírito de camaradagem que o karting nos está, hoje, a proporcionar.
Um abraço
Caro António Mattos:
Um abraço e obrigado pelas palavras.
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